
Foto: Buda Mendes / FERJ
O primeiro fato a chamar a atenção na partida foi o surpreendente terceiro uniforme do Madureira: completamente branco, semelhante ao do São Cristóvão. Com a bola rolando, muito equilíbrio, como foi a marca dos confrontos anteriores. Muito estudo, bastante toque de bola e um jogo preso ao meio-campo desde os minutos iniciais.
A primeira boa chance de gol surgiu para o Madureira. Com dez minutos de partida, Wagner cobrou falta no bico esquerdo da grande área e mandou a bola no ângulo direito do goleiro Lee, que tirou com a ponta da luva da mão direita e afastou o perigo para escanteio.
Os anfitriões responderam somente aos 27. Em cobrança de escanteio pela esquerda, Juninho Tardelli mandou para o meio da área e André Bocão subiu mais que os marcadores e cabeceou no lado direito do goleiro Renan, mas a bola saiu por cima do travessão.
A Fera da Baixada começou a pressionar, mas o esquema 3-5-2 do técnico Antônio Carlos Roy congestionava o meio-campo. No entanto, aos 43 minutos, em falha de posicionamento da defesa do Tricolor Suburbano, Pedrão apareceu entre os zagueiros em cobrança de escanteio de Juninho Tardelli e cabeceou certeiro no canto esquerdo de Renan: Tigres 1 a 0.
Segundo tempo
Na segunda etapa, o Tigres voltou para liquidar logo a partida. Aos dois minutos, André Bocão chutou forte da direita, de fora da área, e a bola passou tirando tinta da trave direita de Renan. A blitz logo surtiria efeito. Após boa troca de passes do time da casa, André Bocão apareceu na área para chutar rasteiro, de primeira, no canto direito e ampliar: Tigres 2 a 0.
Quando tudo ia bem para o Tigres, o volante Fábio deu violento carrinho por trás em Wagner e recebeu cartão vermelho, deixando o time da casa com um a menos a partir dos 14 minutos. Tiago dos Santos, que entrou aos 20 no lugar de André Bocão, não ficou sequer dez minutos em campo. Saiu contundido e deu vaga para Daniel Silva.
Em desvantagem numérica e atrás dois gols em uma decisão, o Madureira não tinha alternativa: precisava partir para o ataque. O técnico Roy promoveu duas mudanças logo após o segundo gol: entraram Jô e Neto, respectivamente nas vagas de Arthur e Michel. A equipe cresceu de produção e passou a ameaçar o gol de Lee com regularidade.
Apesar de ter crescido na partida, faltava tranqüilidade ao Madureira para executar as finalizações. O grande lance de perigo aconteceu aos 44 minutos, quando Edinho recebeu passe e invadiu a área enquanto os marcadores voltavam, dando a equivocada sensação de impedimento. O zagueiro balançou a rede, mas a arbitragem assinalou posição irregular. Já não havia tempo para mais nada.
A partida
Estádio De Los Larios (Duque de Caxias-RJ)
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães
Assistentes: Carlos Batista de Arruda e Lillian da Silva Fernandes Bruno
Tigres do Brasil; Lee, Guerra, Pedrão, Ailson e Danilo; Leão, Fabio, Jaílson e André Bocão (Tiago dos Santos) (Daniel Silva); Juninho Tardelli e Sorato. Técnico: Betão.
Madureira: Renan; Arthur (Jô), Márcio Cleick e Edinho; Valdir (Daniel), Vagner, Rodrigo, Bruno e Baiano; Juscelino e Michel (Neto). Técnico: Roy.
Cartões amarelos: Edinho, Jô, Michel e Valdir (Madureira); Sorato (Tigres)
Cartão vermelho: Fabio (Tigres)
Gols: Pedrão (43/1ºt) e André Bocão (5/2ºt)