O cenário estava armado para uma grande noite das estrelas. Do lado do Vasco, os estreantes Felipe e Zé Roberto. Do lado do rival, Petkovic. Mais de 60.000 pessoas no Maracanã, no último Clássico dos Milhões antes do fechamento do Maraca para as obras da Copa de 2014.
Porém, o brilho da noite ficou por conta dos goleiros, que seguraram o 0x0 no placar. Com o ponto somado, o Vasco chegou aos 14, ocupando a 15ª colocação. O próximo jogo do Gigante da Colina será no domingo, contra o Vitória, em São Januário.
Ao encontrar um adversário com dois centroavantes, o Vasco se viu obrigado a puxar Nilton para a defesa, deixando Fernando na sobra. Assim, perdeu um elemento de meio-campo, o que obrigava Zé Roberto e Felipe a voltarem demais, deixando Nunes isolado. Os lances de perigo do primeiro tempo saíram apenas de lampejos de Zé e Felipe, além de uma cabeçada de Nunes. Todas as oportunidades foram paradas por Marcelo Lomba.Para o rival, contribuía a loucura de Irrazábal de jogar quase como um ponta, abrindo espaço para Juan e Pet às suas costas. Ajudava o Vasco, o fato de os atacantes rivais serem absurdamente fracos.
Na segunda etapa, PC desfez a sobra e adiantou Nilton para o meio e Zé Roberto para o ataque. O time então passou a ter mais penetração na área adversária, como em um lance de Zé Roberto que travou na hora de finalizar.
PC sacou Irrazábal, Nunes e Felipe para entradas de Fágner, Carlos Alberto e Éder Luís. O primeiro melhorou a direita, enquanto Éder e CA, não encontraram o melhor posicionamento na trinca com Zé Roberto. A melhor chance vascaína foi aos 32, com Fágner, que parou em uma boa saída de Lomba.
Aos 41, brilhou a estrela da muralha da Colina. Vinicius Pacheco chutou, Fernando Prass espalmou, no rebote, Borja driblou Fernando, chutou e Prass pegou de novo. Na terceira finalização, Juan cabeceou e lá estava a muralha, que ainda deu um biquinho nela para escanteio. Milagre!!! A mais bela sequência de defesas dessa temporada.
No último lance do jogo, em cobrança de falta de Pet, Prass voou no ângulo e espalmou, dando fim ao jogo. Um 0x0 morno, com destaque para as boas aparições dos dois goleiros e a falta de criatividade dos dois times.
Fica agora a expectativa de que o time ganhe entrosamento em busca da esperada subida na tabela. Já são 5 jogos sem derrota, com 2 vitórias em São Januário e 3 empates fora. Como o jogo contra o Vitória é na Colina, vale a pena confiar.
O Vasco atuou com: Fernando Prass; Irrazábal (Fágner 21'/2ºT), Dedé, Fernando e Carlinhos; Nilton, Rômulo, Rafael Carioca e Felipe [cap] (Éder Luís 25'/2ºT); Zé Roberto e Nunes (Carlos Alberto 13'/2ºT). Técnico: Paulo César Gusmão.
"Agarra demais, a muralha da Colina se chama Fernando Prass". "E não tem engano, ele é treinado pelo herói Carlos Germano". Não existem palavras para a sequência de defesas de Prass que não seja MILAGRE. Valeu o ingresso e o título de melhor em campo para ele.
No restante da defesa, Irrazábal teve uma atuação à lá Elder Granja, apenas com o a mais da velocidade. Fágner entrou bem melhor e ajudou o time na defesa e na frente. Carlinhos, uma das grandes dúvidas da torcida, esteve seguro e se não foi brilhante, não comprometeu no duelo com Léo Moura.
Dedé mais uma vez foi nosso melhor zagueiro. Seguro, jogou muito e um atuação dessas no clássico aumenta sua confiança. Já Fernando, segue lento e mediano no combate direto. Sorte do outro lado estarem Val Baiano e Borja.
Já Rafael Carioca e Rômulo tiveram um primeiro tempo sobrecarregado, mas melhoraram no segundo. O jovem camisa 37, ficou um pouco nervoso e não repetiu boas atuações anteriores. Já Nilton foi guerreiro na zaga e depois no meio, ajudando o time.
Zé Roberto foi melhor do que Felipe e mostrou estar mais em forma. Puxou bons ataques e na velocidade é difícil pegar. Gostaria de ver um aberto em cada ponta, criando para Nunes, que sofreu com o isolamento. Carlos Alberto entrou e irritou, prendendo demais a bola. Éder Luis correu muito, mas perdeu boa chance. Resta saber como PC vai armar o novo time após esse teste inicial.
Sds vascaínas a todos!
Torcedores do Rubro-Negro,
O Clássico dos Milhões não saiu do 0 a 0. Falaram muito durante a semana que o Vasco viria com força máxima e atropelaria, mas na verdade quem dominou o jogo foi o Flamengo. Com maior posse de bola, a equipe criou as melhores oportunidades do confronto e não conseguiu a vitória porque o goleiro Fernando Prass estava em noite inspirada.
Apesar de não acreditar que a defesa rubro-negra seja sólida, Ronaldo Angelim e Jean vêm dando conta do recado juntamente com o goleiro Marcelo Lomba. Em cinco jogos após a Copa do Mundo, o time só sofreu dois gols.
O grande problema do Flamengo voltou a ser o ataque. Com a chegada de Adriano e Vágner Love, a antiga escassez de gols tinha sido sanada, mas com a saída do Império do Amor, os jogadores de frente me lembram um período negro quando tínhamos como opções Josafá, Dill, Wellington... A diferença não é muito grande destes para Val Baiano e Cristian Borja. Eximo até o Diego Maurício por ser muito jovem.
Não pode um jogador vestir a camisa do maior clube do país e perder um gol daqueles no segundo tempo. É claro que Fernando Prass teve méritos na sequência de defesas, mas no rebote de Vinícius Pacheco, o colombiano ficou cara a cara com o gol e preferiu driblar o zagueiro e mandar nas mãos do camisa 1 cruzmaltino. Assim não dá. Val Baiano totalmente fora de forma nunca me agradou e não será agora que conseguirá isso. Ele jamais teve preparo físico. A sua passagem pelo Grêmio Barueri era exatamente com os 'quilogramas' acima do ideal.
Também nunca torci tanto para que uma terça-feira chegasse. É que com ela, Renato Abreu será apresentado. O Atômico ainda não tem previsão para estrear, mas já vivo a expectativa dele ser titular e tirar de vez o Kléberson da equipe. Ainda tem o Leandro Amaral nesta apresentação amanhã, mas o atacante é uma grande icógnita e não sabemos o que esperar. Pelo menos, ele vem mostrando vontade e gana de dar a volta por cima no clube que o acolheu.
Apesar do Flamengo atuar melhor, não consigo me acostumar com a ideia de que Rogério Lourenço é o treinador. Interino por interino Andrade deveria estar à frente da equipe. Ainda assim, existe a possibilidade do Luxa pintar. Se no ano passado, o Botafogo nos ajudou com uma vitória sobre o São Paulo, dessa vez pode depenar ainda mais o Galo mineiro e dar um empurrãozinho para que o treinador dê adeus ao Atlético-MG e desembarque na Gávea.
No fim do clássico, Petkovic teve a chance de relembrar 2001, mas dessa vez a cobrança apesar de bem batida, não encontrou a furquilha e Prass deu um ponto final no jogo. O Rubro-Negro foi a 17 pontos e caiu para a oitava colocação na tabela. Na próxima rodada, o Flamengo vai ao Pacaembu, encarar o Corinthians, domingo, às 16h (de Brasília).