Campeonato Brasileiro
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terça-feira, 16 de março de 2010

O PÓS-CLÁSSICO!

Dodô perde dois pênaltis no clássico e é vaiado pela torcida
Montagem: Renan Moura (FC Oficial)


Devido a formula do Estadual, que beneficia os grandes, os clássicos das fases de grupos acabam tendo apenas duas utilidades: a rivalidade e um teste das reais condições do time, já que os pequenos oferecem muito pouca resistência, graças à baixa qualidade de seus elencos. Sendo assim, vou às minhas impressões do jogo.

Pelo lado da rivalidade, apenas fatos a lamentar. Desde quinta-feira, marginais organizados se degladiaram pela cidade do Rio e municípios vizinhos. O resultado foi uma morte, vários feridos e muita confusão. Fico triste apenas pelas famílias, que acabam sofrendo pela loucura desses jovens. Menos mal que não sobrou pra nenhum inocente.

Já em campo, coisas boas e ruins puderam ser vistas no time do Vasco. E não se pode reclamar do teste, já que enfrentamos uma das melhores equipes do Brasil, que tem qualidade e acima de tudo, entrosamento, pois é a base do título brasileiro do ano passado.

Antes do jogo, não eram poucas as pessoas que acreditavam em uma goleada do rival. Pudera, já que o Vasco vinha de atuações horrorosas, sem inspiração técnica e nenhum padrão tático. Porém, no domingo, com a mudança para o 3-5-2, o time mostrou uma organização que não tivera em nenhum outro jogo, nem mesmo no 6x0 sobre o Botafogo na Taça Guanabara.

Prova disso são as estatísticas do jogo. O Vasco chutou dez bolas em gol, enquanto o rival apenas três. No total de finalizações, 23 a 9. O Vasco teve também mais posse de bola e acertou mais cruzamentos.

O badalado ataque adversário foi bem marcado e seus laterais tiveram dificuldades com os alas. Que se discuta a qualidade de Élder Granja e Márcio Careca, mas a proposta tática do esquema funcionou.

Foi também a melhor atuação de Rafael Carioca pelo Vasco, bem como Philippe Coutinho, o que prova que os grandes jogadores tendem a crescer nos grandes jogos. Uma pena a ausência de Souza, que teria dado ainda mais qualidade a esse meio-campo.

E o que apontar como ruim, além, é claro da atuação de Dodô. Bom, se um time finaliza 23 vezes e não faz nenhum gol, algo está errado. Não adianta marcar certo, criar com freqüência e não tirar o zero do placar. E esse sintoma é ainda mais grave, se considerarmos que em 4 clássicos, marcamos gols apenas na goleada do primeiro turno.

Os adversários das competições que realmente importam estão em um nível mais parecido com Tráfico, Flu e Fogo do que com Boavista, Tigres e Friburguenses da vida.

Outro fator ruim é que o time cometeu muitas faltas e recebeu muitos cartões amarelos, seis. Em um jogo contra um adversário de categoria, isso pode ser um fator complicador.

Antes do jogo, Vagner Mancini estava com muita cara de técnico demitido. Mas após o clássico, apesar da derrota, ele sai com a impressão de que ainda pode somar ao Clube. Um bom caminho para isso seria manter o 3-5-2, que deu certo no domingo. Bom para ele, e para todos no Clube, seria também uma vitória por dois gols sobre o ASA, que eliminaria o jogo de volta na Copa do Brasil.

Força Vascão, pois a grande força motora da vida é tirar as lições dos momentos difíceis. Quem sabe não rola uma revanche contra o rival ainda nessa Taça Rio?

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